Por meio de pesquisas, entendemos que boa parte das pessoas que atravessavam fora da faixa de pedestres é porque nem sequer olhavam para a faixa. Seja na pressa ou na distração, as pessoas costumam ignorar a faixa de pedestres. Nosso objetivo era, portanto, fazer com que as pessoas de fato olhassem para a faixa de pedestres. Tínhamos como um segundo objetivo conscientizar e construir uma mensagem realmente forte em torno da pressa e da desatenção que provocam acidentes, muitas vezes fatais. O grande desafio era explorar de maneira diferente, inovadora e de impacto, um assunto abordado repetidas vezes.

Nossa estratégia foi buscar elementos que tornassem a faixa de pedestres atrativa e uma maneira inovadora de passar uma mensagem forte o suficiente para mudar o comportamento das pessoas, principalmente dos jovens.

Para isso, entendemos que mais que uma campanha publicitária, precisávamos uma plataforma de comunicação eficiente. E por que não formatar essa plataforma por meio da música, do pop, do entretenimento e da tecnologia, que já tem forte conexão com esse público? Foi assim que inovamos e criamos uma música e não um jingle, como normalmente acontece. Uma música com uma mensagem forte e atitude. E que poderia ser lançada em um show. Na faixa. No sentido de gratuito e de acontecer realmente na faixa de pedestres. Para isso, inovamos e criamos o primeiro show holográfico sem palco, em espaço público, para a gravação de um clipe e comercial que contasse com a participação da população. Ou seja, toda nossa campanha foi uma plataforma de música pop e não propaganda.

Para que a mensagem tivesse ainda mais impacto e engajamento e para que as pessoas quisessem mesmo ouvir, curtir e compartilhar a música, escolhemos a Karol Conká que era um dos 3 principais ícones pop do momento e é paranaense para gravar a música, o clipe e sua equipe (os DJs Tropkillaz) para produzir uma batida que estivesse realmente conectada com o jovem. Não era apenas propaganda, mas conteúdo. Mais que um atalho para o engajamento, conseguimos realmente nos apropriar do pop e da tecnologia a favor da vida e da consciência.

Trabalhamos o clipe de diversas formas no on e no offline em uma campanha integrada com diferentes formatos que variavam de 15” a 120” conforme o meio. Também colocamos as mensagens em flyers e mobiliários urbanos com realidade virtual acionada via plataforma musical do Shazam. Nesse caso, o refrão poderia ser assistido em realidade aumentada em qualquer lugar onde a pessoa apontasse o celular – o que, literalmente, aproximou a mensagem de um público jovem e early adopter de maneira bastante impactante.