Campanhas de enfrentamento à violência contra a crianças e adolescentes costumam ser pesadas e chocantes. E não é para menos. O assunto é, de fato, revoltante e a repulsa pode ser um grande argumento para a mobilização e o aumento das denúncias. Esse ano, no entanto, o Governo do Estado do Paraná, CEDCA e a Secretária da Família e Desenvolvimento Social do Estado do Paraná, lançaram uma campanha que vai para outro caminho.

A concepção estratégica e criativa é da Tif Comunicação e propõe um ciclo de abordagens com base no amor, e não na dor. A campanha contempla as diversas formas de violência que vão desde a negligência até a violência física e sexual. O objetivo é dialogar com diferentes públicos em prol do combate à violência contra a criança e o adolescente. 

Um dos públicos prioritários são as próprias vítimas, com abordagens distintas para crianças e para adolescentes. Os filmes, em formato de animação cumprem, de maneira lúdica e objetiva, a função de guiar as crianças para comandos simples de identificação da violência e orientam a procurar ajuda por meio do choro: Não engula o choro, mote de comunicação da plataforma da campanha, encoraja as crianças a demonstrarem seus sentimentos a alguém de confiança de modo a denunciar situações de violência. Esse mesmo conceito é trabalhado com os adolescentes por meio dos influenciadores digitais e youtubers, que levarão a mensagem e situações para o conteúdo de seus canais.

A campanha, se desdobra ainda, para a toda sociedade – que tem como papel fundamental não negligenciar e denunciar casos de violência. Nessa situação, o mote se transforma em uma mensagem pungente: “Não dá para engolir esse choro”. A rede de proteção, profissionais e instituições de ensino também receberão cartilhas e materiais técnicos para trabalhar a atenção integral e proteção a crianças e adolescentes. 

A campanha engloba mídia exterior em todo o Estado do Paraná, está no ar nos cinemas, por meio da Lei 18.798 – que dispõe obrigatoriedade de exibição, antes das sessões nas salas de cinema do Estado, no mês de maio, de informe publicitário para advertência contra a pedofilia, o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes – e na internet, em canais direcionados para crianças e adolescentes.